Visto que estamos no princípio do ano, e em jeito de retrospectiva rápida, é de referir que, mais uma vez, o período de um mês compreendido entre finais de Novembro até meio de Dezembro, foi fértil em concertos (de música erudita, seja bem entendido ). Ora, como não poderia deixar de ser, estes concertos tiveram "patrociníos" de escolas e/ou entidades com algum interesse na área da cultura. Dito isto, claro que o número de pessoas que ainda se dignam a sair de casa para ir ver um bom concerto, merecem um grande respeito. Elas são as grandes destinatárias da arte que se produz, mas claro que tinha de haver o reverso da medalha. Começando pelo princípio, foi muito digno ver uma escola de músicos, que em dia de concerto, patrocina um belo de um magusto com castanhas e jeropiga para os alunos e professores. Foi um espectáculo lindo de se ver: os putos a beberem à grande, com o alto patrocínio da entidade em que estudam ( ou não... ), para nessa noite ir apresentar-se em público numa igreja da cidade da Covilhã. O resultado, para alguns, só poderia mesmo ser... a loucura total ( chamando-lhe assim, com vista a não ferir susceptibilidades de idiotas que só mereciam um belo de um ferro em brasa por aquela mona ). Em contrapartida, e nesse mesmo dia, outra escola de músicos da mesma cidade, apresentou um concerto em público na sede da instituição que foi um grande sucesso ( mas neste caso os alunos apresentaram-se em palco tristonhos, pois ao contrário dos seus colegas "do outro lado" não tiveram direito a uma borracheira com o alto patrocínio da sua escola ). Concluindo o espaço dos Concertos de Natal, apenas referir que, mais uma vez, a Câmara Municipal da Covilhã mantém a sua cruzada contra certas instituições e, portanto os patrocínios são apenas para quem "dá graxa", deixando de lado a dedicação de grandes profissionais que fazem da arte a sua profissão. Neste caso, a resposta "à altura", foi dada pela sua congénere de Castelo Branco ( embora seja uma cidade de merda, tem um Presidente de Câmara que é um espectáculo ), que, não se fazendo rogada pela oferta, decidiu patrocinar um grande concerto de Natal ao público "albicastrado".
Assim vão as nossas queridas assimetrias culturais pelos lados da Beira Interior.
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